domingo, novembro 06, 2005

Saudades! Sim... talvez... e porque não?...




“Saudades! Sim... talvez... e porque não?...”
Indignada, a poetisa, no sonho alto e forte.
E também eu senti saudades, neste serão
Onde o teu silêncio foi ausência e morte

Saudades! Sim…Talvez… pois então
Se só em tua voz jaz fria minha sorte
E meu fado, meus olhos e meu coração
Sem que tua voz ou fado se importe

Onde estás? Neste noite silenciosa…
Noutros braços? Noutras afectividades?
Responde! Que morro em ansiedades

E és só silêncio de noites tenebrosas
E morro nas mortes frias dolorosas
Duma ausência tua… sem saudades…

Foto: Terry D. Lee

9 Comments:

Blogger LUA DE LOBOS said...

vim parar aqui por acaso e gostei muito do que li e descobri que estás em Gois, um cantinho do céu:) só lá estive 1 única vez numa concentração motard... há uns anos e que lindas paisagens.
Adorei
xi
maria

10:54 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Sinto-me demasiado pequena para comentar os teus poemas...as tuas palavras são sempre tão intensas, profundas. Saboreio as tuas palavras e no fim...faltam-me as minhas. Beijo enorme

10:56 da manhã  
Blogger Maria Carvalho said...

Divinalmente lindo...é o que consigo expressar depois de te ter lido!! Beijos

4:00 da tarde  
Blogger lena said...

tens muita sensibilidade no que escreves, que posso eu dizer dos teus poemas?

vou sempre cheia de emoção, depois de saborear cada verso teu

parabéns

beijinhs meus

lena

4:07 da tarde  
Blogger Elipse said...

Posso sugerir mais atenção métrica?Dado que constríste um soneto e que esse modelo é clássico, deverias reescrevê-lo com versos de 10 sílabas. Assim a música que ele tem, porque usas as palavras com muita sensibilidade, ganharia no ritmo.(Desculpa, mas não fiz o que é habitual nos blogs, que é louvar muito e muito e muito. Se quiseres apaga...)
Quando escfreves versos livres és mais genuíno. Tenho gostado de ler.
Bjs sinceros

5:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ai, deixei tantas gralhas no texto.
Percebi o ponto de vista. Aprovo a fuga às amarras. Também eu prefiro estar solta.Porém o que te dizia prende-se com o recurso ao modelo clássico e com aquilo a que se pode chamar quase o modelo fundador...
Porque não concorres lá no Escritor Famoso?
Lê o regulamanto e escolhe uma das imagens que ainda estão desamparadas. Vai!
Abraço amigo.

8:08 da tarde  
Blogger Dameuntango said...

Nunca comento um comentário, porque os comentários revelam o que quem nos lê sente, e os sentimentos não se comentam...
agradeço o último comentário aqui deixado, e acho que o desagrado, qualquer que ele seja, deve ser ter também espaço, pelo que nunca o apagaria...
Permito-me, contudo responder-lhe:

Efectivamente não me prendo à métrica, porque acho que a poesia ha-de ser solta ( e estou bem acompanhado nesta forma de pensar onde os grandes poetas comtemporaneos abandonam a rima e a métrica mesmo quando assumem a forma classica do soneto ). Muitas vezes uso a forma do soneto porque a acho perfeita: duas quadras e dois tercetos onde cabe toda a emoção de um título. Mas nunca preso ao rigor de silabas, porque me prendem e eu sou um ser sem amarras, por natureza. É propositado, não premeditado, esse abandono "clássico".
Abraço

8:09 da tarde  
Blogger vero said...

"Saudades! Sim...Talvez...pois então..."
...
"Onde estás? Nesta noite silenciosa...
Noutros braços? Noutras afectividades?
Responde que morro em ansiedades"
Nada mais posso dizer Billy...
tu disseste tudo...
Gostei especialmente!
Beijinhos***

8:37 da tarde  
Blogger Que Bem Cheira A Maresia said...

Fizeste-me lembrar Florbela Espanca, aliás mts dos teus sonetos vão ao encontro da poesia dela, que eu adoro, ainda que a tua tenha um cunho forte da tua pessoa.
Boa semanita.

Beijokas da mar revolto

10:14 da tarde  

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