Quinto Elemento
Trago preso nos lábios o vento
Que sai soprado dos teus
E a brisa que me toca o rosto
Amarga-me a sal no adeus
Trago preso no corpo o vulcão
de que és fogo, cinzas e lava
Queimas-me o peito nas horas
Da saudade que em mim se crava.
És terra da sepultura fria
Em que minha esperança morre
Nas noites que me não dás luar
E és a àgua que a sede me sacia
Mesmo na lágrima que escorre
Nos dias que não queres raiar .
Foto: Dennis Mecham
2 Comments:
Um soneto maravilhoso...que me aqueceu profundamente cá dentro!! Para começar um dia de trabalho, uma delícia...Beijos
Imaginei um Paulo Gonzo ou um João Pedro Pais a cantar este poema, daria uma bela canção sem dúvida...
Porque não?
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