quinta-feira, novembro 03, 2005

Pena de Vida




Quando partes cresces na sombra marcada,
Todo o meu receio de não te chegar aumenta,
Assumes o tamanho duma lua sangrenta
Que em todo o luar se impõe, ensanguentada

Recolho-me no papel e na pena penada.
E as penas que meu peito já não aguenta,
Em toda a solidão que apenas experimenta,
Solto-as pela pena de penas cansada

Entre a dor de partires e o medo de chegares
Esmago suspiros de ansiedade contida.
Todas as penas são pena de não regressares

Nos olhos carrego o negro da pena sentida
Com que escrevo “nós” em versos singulares.
Condenado à morte,...és minha pena de vida...



Foto: Aaron

3 Comments:

Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Olá Abílio

Agradeço a tua visita ao meu "espaço" espero que voltes sempre!

Agora vou conhecer um pouco o teu "território" pelo pouco que eu vi até agora, já te posso dar os Parabéns! pela escrita e forma como apresentas o teu blog.

Mas vou acabar de ver o resto.

Voltarei :)

Um beijo

2:01 da manhã  
Blogger Que Bem Cheira A Maresia said...

Olá;

Uau, temos novidades na imagem?! Será esta a Outono/Inverno? eheheh

Soneto sentido e tocante, num trocadilho de penas interessante..., deixo-te uma pena junto a um tinteiro verde para que possas exprimir poemas de vida e esperança.

Bom fim de semana
Beijoka da Lina (Mar Revolto)

1:06 da tarde  
Blogger vero said...

Ohhhh Billy, tão LINDOOOO...Tão profundo como só tu mesmo consegues exprimir...Beijinhos lindo!!!!
***

1:47 da tarde  

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