Espera
Esperou…
Tanta gente passou ao lado
E nem ergueu os olhos,
A multidão vinha vazia
Como as suas mãos,
Que escondeu
Esperou…
Soube sempre que nessa espera
Estava tudo o que lhe restava
E que a espera seria vazia
Como as suas mãos,
Que escondeu
Esperou…
Sem nunca fitar a porta
Sem levantar os olhos do chão
Ninguém viria na multidão
Pegar nas suas mãos vazias
Que escondeu…
Esperou…
Emparedada na invisibilidade
Mas não podia deixar de esperar
Ou a sua alma ficaria vazia
Como as suas mãos vazias
Que escondeu…
Esperou…
E às vezes ainda espera!
Nas horas vazias
Pela multidão vazia
Com as mãos vazias
Que ninguém encontrou…
Agradecendo uma fotografia "oferecida" por Levemente erótico
Foto:Robert Doisneau
10 Comments:
A espera... a espera faz parte dos meus dias, essa espera que nos vai corroendo a alma a pouco e pouco...
" Mas não podia deixar de esperar
ou a sua alma ficaria vazia
como as suas mãos vazias
que escondeu..."
Também a mim nada mais me resta a não ser essa cruel "espera"...
Beijinhos gandes pa ti Billy... e espero k nos continues sempre a dar estes momentos mágicos de palavras e sentimentos...
***
:-) Ficou lindíssima a tua leitura da fotografia... è fabulosa de facto.. inspira as almas e a sensibilidade. O poema é nostálgico e muito bonito. Obrigada por este post.
Ha esperas que valem por uma vida inteira!um poema muito belo!
walter
A espera é terrível, especialmente quando se espera em vão, e sabendo-se que é em vão.
Um poema lindo e uma fotografia muito bonita também. Acabei por ir espreitar a lolaviola e também vou continuar a passar por lá.
Beijos e bom f de semana.
Profundamente belo e triste.
Intensamente real, também...
Beijo e bom fim de semana ***
uma vida, um esperar, um vazio, um esconder...
quanta sensibilidade li aqui
belo poema!
beijinhos
lena
obrigado pelo comentario!compreendeste bem o sentido do post!um abraço e obrigado pelas tuas palavras assiduas e habituais!se me kiseres adicionar no msn tas a vontade!
um abraço
walter
Lindíssimo poema!
Os meus parabéns, este blog transpira qualidade.
Abraço
Eu, que resisto mal às palavras por dizer, não consigo encontrar agora, algumas, poucas que fossem, para mais escrever. Gostei muito. Um abraço. Azul.
A espera, a eterna duvida se é a vitória do tempo, ou... do hábito...
Um Poema maravilhoso, como todos os que escreves. Parabéns… uma vez mais.
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