quarta-feira, setembro 28, 2005



ULTIMO TANGO

Hoje dançarei meu último tango, à luz da lua,
dispo-me de todo o teu cheiro e, da canção
afasto teus compassos... com convicção!
danço uma musica que jamais será tua

Hoje tua sombra nao se verá no meu chão
Hoje danço novos passos, numa nova rua
sozinho, com passos breves, numa dança crua
desenho na calçada, a final, um coração...

Corro para casa, lavo-me, limpo-me de ti
escorre na àgua todo o teu fogo bravo...
todas as emoções que contigo...já esqueci!

Enterro-te no último tango que cavo...
No ultimo passo de tango onde te vivi
Não sentirás nem o punhal que cravo

6 Comments:

Blogger vero said...

Mais um lindo poema... o espreitar do dia seguinte, um renascer...lá está, a minha interpretação pessoal!

Gostei muito...como sempre...


(Ah, não deixes de dançar...dança comigo uma vez k seja...danças?)

Jinhos***

7:17 da tarde  
Blogger mar revolto said...

A dança de um ultimo tango pode ser um cenário mt triste, ainda assim o poema é de uma beleza rara.
Um beijo

9:12 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Poema maravilhoso este...E adorei o do Oswaldo Montenegro que deixaste no blog da Vero, metade!! Quero que ele também me salve!! Beijos

10:35 da tarde  
Blogger reverse said...

Lindo!!! :-)

5:29 da tarde  
Blogger Blogger said...

Caro amigo, é com uma profunda alienação que acabo de lero teu post... é como uma dança mesmo... e as ultimas danças são sempre triste, sempre nostalgicas, sempre.... qualquer coisa que me transcende... mas o poder das palavras em materializar sensações abstractas em nós é extrema em ti.
Grande abraço.

7:51 da tarde  
Blogger Chocolate said...

É duro dançar a última dança.
Mas é uma benção pelo menos saber que é a última.
Dá-nos outro alento, outro fogo, para a poder tornar, de facto, inesquecível.

Se tudo na vida pudesse ser assim...

1:44 da tarde  

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