tag:blogger.com,1999:blog-166483322024-03-23T18:14:31.757+00:00Poemas de Amor - VERMELHOS INFINITOS, SEGREDOS DE UMA PAIXÃO DEFINITIVAO vermelho vivo de amor e de paixão. É sangue, são rosas, é lume e é a raiva nos olhos da paixão roubada... Vermelhos infinitos, paixões eternas, segredos escondidos e temidos, jurados e quebrados nas carícias em chamas e nos beijos desejadosDameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.comBlogger112125tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133870159106144642005-12-06T11:53:00.000+00:002005-12-06T21:16:53.506+00:00É o amor<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/29(agrafo.net).jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/29%28agrafo.net%29.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>É o amor<br />Numa folha outonal<br />Leve, como se todo o vento<br />Suspendesse a eternidade<br /><br />É o amor<br />Num floco de neve real<br />Que voa e num momento<br />Suspende toda a saudade.<br /><br />É o amor<br />Aberto na Primavera floral<br />Prado verde que em crescimento<br />Suspende toda a castidade<br /><br />É o amor<br />Nas dunas escondido do sal<br />Camas, do verão alimento,<br />Suspensas na sensualidade.<br /><br />É o amor<br />Sem nostalgia nem mal<br />Só de entrega firmamento<br />Só de estrelas propriedade,<br />Sem enganos nem medos,<br />Sem lágrimas nem segredos,<br />De nossos corpos movimento<br />De nossas almas verdade.<br /><br />E se o nosso amor ao amor<br />Uma dia perguntar, afinal ,<br />Se nunca houve lamento<br />Se não houve fragilidade,<br />Ele dirá em alta voz,<br />Respondendo com vaidade,<br />Que só nos tivemos a nós<br />E que ele surgiu dos pós<br />Que levantou nossa vontade<br /><br />É este o amor<br />É esta brisa imortal<br />Soprada de nós sem ser vento<br />De nossas almas unidade </strong><br /><div align="right"><br />Foto: de agrafo.net </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com60tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133733917987556262005-12-04T22:02:00.000+00:002005-12-05T22:09:30.666+00:00AMORO-TE<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/p0000001660_Steve_McCurry.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/p0000001660_Steve_McCurry.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Desejo inventar palavras.<br />As que conheço parecem-me poucas,<br />Insuficientes,<br />Demasiado comuns e pequenas.<br />Às vezes fico dividido<br />Entre duas palavras…<br />E essa divisão não surge, sequer,<br />Entre a palavra que quero dizer<br />E a que imagino que queres ouvir.<br />Apetece-me dize-las às duas,<br />Numa só.<br />Como se ambas fossem uma,<br />Num único significado,<br />Abrangedor de ambas.<br />Hoje quero dizer que te adoro.<br />Porque és como o meu astro regente,<br />Que me dá vida…<br />E que eu venero como a um Deus, intocável.<br />Mas também quero dizer que te amo,<br />Que és tão igual a mim que podemos ser um só,<br />Penetráveis!<br />E nessa palavra que possuisse os dois significados,<br />Ponte entre o intocável e o penetrável,<br />Queria dois pilares de silêncio.<br />Que suportassem os dois significados.<br />Um pilar de silêncio<br />No momento em que a ouves,<br />Por não a conheceres.<br />E um outro feito do silêncio do momento seguinte,<br />Em que dás conta do plural do significado,<br />E engoles em seco a palavra nova que sai da minha boca<br />E que te impede de dizer que me queres.<br />Inventei agora essa palavra:<br />Amoro-te!<br />E amoro-te porque te amo e te adoro<br />E quando digo que te amo não esqueço que te adoro<br />E quando te digo que te adoro, lembro-me que te amo<br />Quando digo só uma dessas palavras<br />Não digo tudo…<br />E o que não digo…<br />Fica-me preso na garganta<br />Como azia…<br />E amoro-te lembra-me amoras..<br />Digo amoro-te<br />E fico com um gosto doce na boca<br />Às amoras<br />A amores<br />Que se adoram<br />Porque são doces.<br />…Mesmo quando não estás comigo.</strong><br /><div align="right"><br />Foto: Steve McCurry </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133711446153697542005-12-04T15:48:00.000+00:002005-12-04T15:50:46.980+00:00Amor escorrido<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/juancarlosrivera60Juan%20Carlos%20Rivera.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/juancarlosrivera60Juan%20Carlos%20Rivera.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>O meu carro cheira a ti<br />O teu suor, preso nos vidros,<br />Pede que lhe desenhe corações<br />E setas.<br />Dos quais se soltem gotas<br />Não de sangue!<br />Mas de mais suor<br />Prazer que foi<br />Solto em gemidos,<br />Carícias evaporadas,<br />Beijos fervidos,<br />Corpos fundidos<br />E mais desejo<br />Escorrido em cada gota<br />Que nos abandonou o corpo<br />Nos vagueou na alma<br />E se condensou nos vidros baços<br />Que pedem corações<br />Desenhados,<br />Que cheirem a ti. </strong><br /><div align="right"><br />Foto:Juan Carlos Rivera </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133392889003400292005-11-30T23:15:00.000+00:002005-11-30T23:21:29.656+00:00Porque te amo!<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/68-01JanSaudek.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/68-01JanSaudek.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Porque te amo!<br />Amo-te apenas porque te amo<br />E nessa razão, nesse motivo,<br />Estás apenas tu.<br />Nada mais.<br />E como é estranho não estarem em mim os motivos,<br />Até porque o sentimento é meu!<br />Mas é no teu sorriso<br />É nas tuas graças que, até quando são chalaças, me fazem rir.<br />E é no teu olhar… é tão brilhante!<br />Às vezes o teu olhar parece que carrega todas as estrelas,<br />Mesmo a estrela do norte.<br />E quantas vezes andei perdido!<br />E agora eu perco-me, de outra forma, nesse olhar.<br />Nesse olhar que parece que tem a estrela do meu norte.<br />E gosto do cheiro do teu cabelo<br />(Acho que cheira a um champô qualquer, mas também cheira a ti…).<br />E gosto da forma como dizes que gostas de mim:<br />Parece que o mundo sai da tua boca e me pousa nas mãos.<br />E depois oiço o mar, como se a tua boca fosse um búzio,<br />Onde eu pudesse ouvir o mar,<br />Porque logo de seguida rematas com nova vaga:<br />Gosto de ti…<br />Apenas porque gosto de ti! </strong><br /><div align="right"><br />Foto: Jan Saudek</div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133309761492367952005-11-30T00:13:00.000+00:002005-11-30T00:16:01.546+00:00<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/85-08JanSaudek.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/320/85-08JanSaudek.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Eras Vénus<br />E virgem.<br />Faltavam-te os braços<br />Tamanha era a imensidão do que querias agarrar.<br />Os mamilos saltavam-te<br />Como se todo o desejo estivesse naqueles dois pequenos pontos.<br />E o desejo…<br />Era escondido por uma túnica que se soltaria a qualquer momento.<br />E caíam flores,<br />Caíam flores em cachos dos teus cabelos em cachos desprendido.<br />E todas as flores eram de teu cabelo<br />E ele cheirava a flores<br />Como se todo o perfume estivesse enfrascado neles.<br />E eras luz<br />E de tão iluminada pela luz do teu próprio olhar e pelo desejo do meu…<br />Tudo antes de ti foi cinzento<br />Tudo depois de ti será cinzento<br />Mas agora<br />Até o cinzento<br />Tem mais cor<br />…e mais luz…</strong><br /><div align="right"><br />Foto: Jan Saudek</div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133280324321433992005-11-29T15:56:00.000+00:002005-11-29T16:05:25.016+00:00Sexo Seguro, com Natália Correia brincando a sério<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/0336jose.marafona.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/0336jose.marafona.jpg" border="0" /></a> </div><br /><br /><strong>DesCrucificação<br /><br />Vertical sou contra o sexo<br />Horizontal a favor.<br />Nesta cruz me crucifico<br />Vertical sem protecção<br />Horizontal com protector.<br /><br />Vertical sou a favor do sexo<br />Horizontal nunca digo não<br />E desta cruz me desprego<br />Vertical faço-o com nexo<br />Protegido e com <em>Mãexão</em> *</strong><br /><strong></strong><br /><strong>*(feminismo de paixão, não usado - penso! - por Natália Correia mas que - penso - lhe seria caro como foi o "Mátria")</strong><br /><div align="right">Foto:Jose Marafona</div><div align="right"> </div><div align="left">Inspirado no seguinte poema de Natália Correia:</div><div align="left"> </div><div align="left"> CRUCIFICAÇÃO</div><div align="left"><br />Vertical sou contra Deus</div><div align="left">Horizontal a favor.</div><div align="left">Nesta cruz me crucifico.</div><div align="left">Vertical com desespero.</div><div align="left">Horizontal com amor.</div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133277527523747352005-11-29T15:13:00.000+00:002005-11-29T15:18:47.680+00:00Sexo seguro, com José Carlos Ary dos Santos brincando a sério<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/87-27JanSaudek.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/87-27JanSaudek.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Se não se abrem caixas donde corre esperança<br />Podem fechar-se os olhos donde corre a vida.<br />Porquê ignorar, fingir que não nos alcança?<br />Porquê fugir e tombar logo de seguida?<br /><br />Tomar coragem, faze-lo com segurança<br />Porque amar é bom, não é coisa proibida<br />Vamos rir-nos do anjo negro que ergue a lança<br />Mostrar-lhe sexualidade protegida<br /><br />Porquê impedir-nos do tão bom que é o orgasmo?<br />Se o podemos ter com quem quisermos agora<br />Sem ser relevante o sexo que nos excita…<br /><br />Vamos “<em>Antes viver do que morrer no pasmo</em>”<br />Combate ao “<em>nada que nos surge e nos devora</em>”!<br />Combate ao “<em>monstro que</em>” ignorámos “<em>e nos fita</em>”!</strong><br /><div align="right">Foto: Jan Saudek</div><div align="right"></div><div align="left"><br /></div><br /><br />Inspirado no seguinte poema de Ary dos Santos:<br /><br />"Soneto<br /><br />Fecham-se os dedos donde corre a esperança,<br />Toldam-se os olhos donde corre a vida.<br />Porquê esperar, porquê, se não se alcança<br />Mais do que a angústia que nos é devida?<br /><br />Antes aproveitar a nossa herança<br />De intenções e palavras proibidas.<br />Antes rirmos do anjo, cuja lança<br />Nos expulsa da terra prometida.<br /><br />Antes sofrer a raiva e o sarcasmo,<br />Antes o olhar que peca, a mão que rouba,<br />O gesto que estrangula, a voz que grita.<br /><br />Antes viver do que morrer no pasmo<br />Do nada que nos surge e nos devora,<br />Do monstro que inventámos e nos fita. "Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133214661047768982005-11-28T21:46:00.000+00:002005-11-28T21:51:01.096+00:00Sexo seguro, com Florbela Espanca brincando a sério<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/60-01JanSaudek.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/60-01JanSaudek.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Se me possuísses hoje à tardinha<br />Numa hora de mágicos amassos<br />Quando a tua vontade se avizinha<br />E a minha pra ti corre em largos passos<br /><br />Quando me lembra: esse sabor que tinha,<br />Tuti-fruti ou látex sem melaços.<br />Ter, perto, sempre mais uma caixinha<br />No hotel ou numa cama de sargaços<br /><br />Quero amar-te e ter-te perdidamente<br />Ser tua, em tua torre de marfim<br />Perder-me em alvos lençóis de cetim<br /><br />Mas encontrar-me segura entre a gente,<br />Protegida dum mal que se não sente,<br />Nem se vê, mas pode ficar em mim… </strong><br /><div align="right"><br />Foto: Jan Saudek<br /></div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133211336388292122005-11-28T20:53:00.000+00:002005-11-28T20:55:36.946+00:00Quando chegas<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/75F.C.Gundlach.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/75F.C.Gundlach.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Quando chegas o mundo é diferente.<br />Os teus olhos brilham mais que na minha memória.<br />E são mais vermelhos os teus lábios<br />E o sabor que fica nos meus<br />É mais denso,<br />Intenso.<br />E o teu toque é mais quente.<br />E o mundo é diferente,<br />Quando chegas.</strong><br /><div align="right"><br />Foto: F.C.Gundlach </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133133711070900262005-11-27T23:16:00.000+00:002005-11-27T23:21:51.130+00:00Sexo seguro, com Bocage brincando a sério<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/01-03JanSaudek.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/01-03JanSaudek.jpg" border="0" /></a> </div><p><br /><br /><strong>Temo que, em minha ausência, a desventura<br />Entre em tua cama, que deixo acesa,<br />Sem as borrachinhas que são defesa<br />Da vil maleita que inda não tem cura<br /><br />Temo que uma singular mordedura<br />Leve na veia a vida d’asas presa<br />Esquecida na gaveta da mesa<br />Que, à cabeceira, mais vida, murmura<br /><br />Temo, ainda mais por ti que por mim,<br />Já que o uso sempre, mesmo no “cio”,<br />Quando a razão não acompanha o sim…<br /><br />Olhando, cheia, a caixa, no vazio.<br />Não quero que digas um dia, enfim:<br />“Era fiel, protegia-me e esqueci-o”</strong> </p><p align="right"><br />Foto: Jan Saudek<br /><br /></p>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1133128012133249972005-11-27T21:42:00.000+00:002005-11-27T21:49:00.000+00:00Medo<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/connor-moonJohn%20Nikolai.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/connor-moonJohn%20Nikolai.jpg" border="0" /></a></div><br /><strong>Da lua soltas cordas de guitarra<br />Num fado que é todo o nosso luar<br />Iluminado barco sem amarra<br />Que não seja a pura amarra de amar<br />E corda mais forte não vai soar<br />Que não a que prenda olhar à melodia<br />E eu, barco solto, vou em ti fundear<br />Sem cordas que amarrem minha alegria.<br />Ser teu sem medo de mágoa, um dia…<br />Ser teu sem medo da noite ter fim<br />Saber-te o luar que a noite pedia<br />Saber que somente por ti eu vim.<br /><br />Barco sem porto, sem cordas nem nós<br />Desamarrado nas águas mais fundas<br />Perdi-me num canto em cantos sem dós<br />E só em ti me achei nas notas profundas.<br />Não sofras medo nem nele confundas<br />Amor com medos de medos sem fim<br />Pois, o luar que na noite te inundas<br />Não é mais que o medo que brota de mim<br />De no escuro perder tudo ao que vim...</strong><br /><div align="right"><br />Foto: John Nikolai </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132936976291503982005-11-25T16:40:00.000+00:002005-11-25T17:19:09.243+00:00Sexo seguro, com Camões brincando a sério<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/Edward%20Buckley%20-%20StopEdward%20Buckley.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/Edward%20Buckley%20-%20StopEdward%20Buckley.jpg" border="0" /></a> </div><div align="left"><br /><strong>Amor é sexo à tarde sem temer<br />Amor é sexo à noite de repente<br />É um preservativo entre a gente<br />Que nos une e protege sem se ver<br /><br />É um não querer mais por não o ter<br />É um correr solitário e ausente,<br />Procurar por uma farmácia, urgente!<br />E à cama voltar para te comer<br /><br />É querer-te e comer-te com vontade<br />Em ti estar protegido e sem temor<br />É não ter quem nos mate, lealdade.<br /><br />Como pode o sexo ser também dor<br />Se o podemos ter em qualquer idade<br />Sempre e seguro com todo o amor?</strong> </div><div align="right">Foto:Edward Buckley </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132918795578631652005-11-25T11:37:00.000+00:002005-11-25T15:47:12.876+00:00Vermelho infinito<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/firedancenewframe%20DaveNitsche.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/firedancenewframe%20DaveNitsche.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Danças no fogo<br />Nele serpenteias<br />E nesse teu jogo<br />Também me incendeias<br /><br />Nas brasas que estalam<br />És brasas ao rubro<br />Num corpo que cubro<br />Com beijos que calam<br />Com beijos que falam<br />E até dizem não<br />Nos fumos que exalam<br />Perfume em paixão<br /><br />No fogo crepitas<br />Às cinzas dás vida<br />Fénix renascida<br />O meu corpo agitas<br />Fogos que vomitas<br />Em beijos que são<br />Brasas no carvão<br />Que me ressuscitas<br />No meu coração.<br /><br />Fogo adormecido<br />Agora alta chama<br />No fogo reclama<br />Mais fogo engolido<br />Mais fogo sorvido<br />Em salivas mornas<br />Que da boca entornas<br />Em suor e gritos<br />Soltos em espelho<br />Buscando infinitos<br />Em tons de vermelho<br /><br />Vermelho infinito<br />Fogo de paixão<br />Pecado ou delito?<br />Não me importo, não!</strong><br /><div align="right"><br /><br />Foto: Dave Nitsche </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132789716747511772005-11-23T23:31:00.000+00:002005-11-23T23:55:42.833+00:00Nova fase - quarto crescente<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/U1223P28T3D846900F326DT20050921152241.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/U1223P28T3D846900F326DT20050921152241.jpg" border="0" /></a> </div><div align="justify"><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">A pena, colocada numa mão que vai chorar, acaba por ser levada numa brisa soprada por um beijo... com o qual se não conta, nem se espera... E deixa-se planar. Porque a poesia é vida, não a pode negar...E se à vida sobram asas, que se lhes agarrem também as palavras e se deixem voar com ela sem que o destino importe.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Que batam todas as asas e que voem todas as palavras, que as emoções transbordem em caudais de sensações e que em cada boca se deposite um beijo... ou, pelo menos, o desejo...</span></strong></div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132671537867418462005-11-22T14:56:00.000+00:002005-11-22T14:58:57.903+00:00<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/01-04JanSaudek.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/01-04JanSaudek.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Se tiver de partir não digo adeus<br />Se tiver de o dizer não vou olhar<br />Se meus olhos se prenderem aos teus<br />Não mais direi adeus, irei ficar!<br /><br />Se tiver de te deixar… ai meu Deus,<br />Fá-lo-ei pelas sombras do luar<br />Tornando todos os escuros meus<br />Anoitecendo, ai meu Deus, sem cessar<br /><br />Se tiver de partir, irei partir<br />Em sete ondas sem tocar a areia<br />Recuadas na força do sentir<br /><br />Sem Deus no adeus cerrado na traqueia<br />Serei penumbra do negro a fluir<br />Se tiver de partir p’la lua cheia...</strong><br /><div align="right"><br />Foto: Jan Saudek</div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com80tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132663193624527012005-11-22T12:37:00.000+00:002005-11-22T12:59:20.410+00:00Louco<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/96-03JanSaudek.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/96-03JanSaudek.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Escreve durante horas a fio...<br />As palavras? Busca-as nos outros.<br />Mas são suas!<br />As suas palavras que busca nos outros!<br />Prefere escrever na dor...<br />-“ Na dor, os sentimentos apuram-se”, diz.<br />Na dor dos outros!<br />A sua dor? Já não a sente!...<br />Dela apenas guarda a lembrança.<br />Então... vive a dor dos outros,<br />Provoca-a até!<br />É louco!<br />Do sangue faz tinta,<br />“A tinta da vida”, como lhe chama!<br />E escreve palavras de sangue...<br />Com o sangue dos outros!<br />Quando escreve tira-lhes a dor, promete!<br />Também a sua dor se esgotou no papel<br />Escrito com a sua tinta da vida.<br />Esgotou todo o seu sangue<br />E as suas feridas abertas deitam vazios.<br />Sempre que escreve sobre si o papel fica branco!<br />Não sabe se lhe falta tinta ou vida,<br />Ou ambas as coisas!<br />É louco!<br />Escreve então as suas histórias...<br />Com a história dos outros.<br />Abre-lhes as feridas latentes<br />Com a pena espada dos sentidos<br />E eles dão-lhe a tinta da vida!<br />E ele escreve...<br />Horas a fio,<br />…Dos outros.<br />É louco!<br />Talvez um dia a dor do mundo<br />Fique toda no seu papel<br />E depois tenha de escrever em branco<br />Na dor que já só ele recorde...<br />Como um frasco de perfume<br />Vazio<br />Que continua a deitar cheiro…<br />É louco! </strong><br /><br /><div align="right"><br />Foto:Jan Saudek </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132602465044935282005-11-21T19:44:00.000+00:002005-11-21T23:15:25.036+00:00Flor do amor<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/sunflowerArnt%20Sneve.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/sunflowerArnt%20Sneve.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Deixo-me apenas abrir em vã flor<br />No tempo exacto para em mim beberes<br />Todo o meu mel que para ti quiseres<br />E morro ao sol… seco, a seguir, sem dor<br /><br />Pétala a pétala me fecho à cor:<br />(como se os beijos que já me não deres<br />Me amortalhassem no capuz que queres<br />Que eu vista, vivo, esquecendo o amor).<br /><br />Deixo-me abrir para depois fechado<br />Saber a teus lábios em mim lambidos<br />E germinar nos mil sabores idos<br /><br />Mais vale viver um triste amor cerrado<br />Que não viver por este amor tomado.<br />É por amor que guio os meus sentidos…</strong><br /><div align="right"><br />Foto: Arnt Sneve </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132515167010122842005-11-20T19:29:00.000+00:002005-11-20T22:54:04.396+00:00Renúncia<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/jose.marafona.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/jose.marafona.jpg" border="0" /></a> </div><p><br /><br /><strong>Vou renunciar…<br />Vou renunciar a todas as palavras que te disse<br />E que nunca ouviste<br />Vou renunciar…<br />Vou renunciar a todas as palavras que me ouviste<br />Mas nunca deste importância.<br />Vou renunciar…<br />Vou renunciar a todas as palavras que me apeteceu gritar<br />Mas que nunca tive coragem… coragem, sequer, de sussurrar.<br />Vou renunciar…<br />Vou renunciar a todas as palavras que me cresceram no peito<br />Mas nunca tiveram força para passar da garganta.<br />Vou renunciar…<br />Vou renunciar a todas as palavras que me escorreram na face<br />E que ninguém… ninguém limpou.<br />Vou renunciar…<br />E vou renunciar a todas as renúncias que nunca fiz<br />Recriar-me numa lua cheia plena de sombras ,<br />Sombras vivas em folhagens imparáveis<br />Tocadas pelas brisas dos sentidos e…<br />Trocadas pelos sentidos das brisas, iluminados.<br />E ser mais eu!<br />Um eu irrenunciável!<br />Capaz de soltar em cada palavra presente<br />A dádiva perdida em cada renúncia passada.<br />Capaz de agarrar em cada palavra de timidez<br />E construir um verso vitorioso.<br />Capaz de agarrar em cada verso cicatrizado<br />E torná-lo um poema em sangue,<br />Que grite ao mundo do papel branco<br />A cor…<br />Todas as cores<br />(mesmo a cor da renúncia, que é cinza:<br />A cinza de cigarros mal apagados<br />Abandonados em cinzeiros negros<br />Cheios de beatas espremidas…)<br />O papel branco,<br />Abandonado da cor uniforme e primitiva,<br />Toma o cinza<br />(O cinza abandonado da cor da renúncia)<br />E acende-se num primeiro cigarro<br />Tomando a cor do fogo aprisionado<br />Que arde em espaços de loucura<br />Liberta num eu são…<br />E depois renuncio!<br />Renuncio a todos os momentos de renúncia…<br />E à própria renuncia transformadora…<br />E solto-me!<br />Solto-me nas palavras reinventadas<br />(que mais não são do que as mesmas letras,<br />As letras em que sempre me omiti<br />No medo da pontuação e do tom)<br />E deixo-as voar<br />...Sim, voar!<br />As palavras têm asas,<br />Asas que se impulsionam para a frente,<br />Cheias da força rasgada num peito que quer mais ar…<br />E que tantas vezes se sufocam<br />… Se sufocam nas rajadas de vento não favorável<br />Que as esmaga na garganta,<br />…e das quais apenas ouvimos um breve soluço…<br />Não haverá mais palavras esmagadas !<br />Nem soluços !<br />Nem letras omitidas incapazes !<br />Nem palavras sem tom !<br />Nem renúncias !<br />…Nem renúncias de renúncias!...<br />Haverá palavras soltas,<br />Mesmo que imprudentes,<br />Capazes de respirar<br />E até fabricar ar.<br />Palavras… mesmo gestuais<br />Porque mais nada será motivo de silêncio,<br />Nem o vazio…<br />Nem este vazio de palavras mal articuladas<br />Prenhes de sentidos difusos<br />Que buscam um único sentido:<br />O sentido de uma vida.<br />Tantas vezes ignorado...<br />Por outras vidas sem sentido,<br />Ou por sentidos de outras vidas...<br />E encontro-me, por fim,<br />Na dobragem de uma esquina,<br />Reflexo do que fui e do que poderia ter sido..<br />Esquecido<br />Que sou!<br />Que sou palavras… mesmo gestuais!<br />Porque mais nada será motivo de silêncio,<br />Nem o vazio…<br /><br /></strong></p><p><br /> </p><div align="right"><br />Foto: jose marafona </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132326498353530032005-11-18T14:57:00.000+00:002005-11-18T15:27:44.063+00:00Rosas escritas<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/rose_10348.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/rose_10348.jpg" border="0" /></a> </div><p><br /><strong>Eu dava-lhe rosas, ela dava palavras.<br />Escrevia-as nas pétalas<br />Com o olhar…<br />Um olhar que lhes tomava toda a cor<br />Em linhas sucessivas.<br />Às vezes enganava-se<br />E apagava tudo com um beijo.<br />E eu esquecia o engano.<br />Não mais me lembrava<br />Da palavra rasurada,<br />Apagada com um beijo.<br />Mas o beijo…<br />Ainda lembro cada um deles.<br />Eram vermelhos<br />...Como as rosas.</strong> </p><p> </p><p><br /> </p><div align="right"><br />Foto: Silverdebster </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132261744249541272005-11-17T21:04:00.000+00:002005-11-17T21:36:45.690+00:00Barca d'águas...<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/mainZacarias%20Pereira%20Da%20Mata.0.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/mainZacarias%20Pereira%20Da%20Mata.0.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Eu sabia que partirias<br />Estava escrito na neblina em que chegaste!<br />Sempre associei o nevoeiro a desencontros.<br />A gente perdida,<br />Em reinos perdidos,<br />Que não regressam.<br />Contigo foi diferente<br />Chegaste nele<br />Quem sabe alguém te poderia ter perdido<br />E, numa história ao contrário,<br />Eu te encontrava…<br />Nunca me iludi<br />A tua chegada anunciava a tua partida,<br />No mesmo nevoeiro…<br />Na mesma invisibilidade em que chegaras<br />E eu…<br />E eu desenhando castelos com conchas na praia<br />Seria apenas mais uma concha<br />Abandonado por uma onda<br />Ou uma maré<br />E tu…<br />E tu, barco, partias no nevoeiro<br />Procurando, noutras praias de névoa,<br />Outra concha abandonada<br />Em castelos desenhada<br />Ou nada!</strong><br /><div align="right"><br />Foto: Zacarias Pereira Da Mata </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132240921826282062005-11-17T15:17:00.000+00:002005-11-17T15:22:48.530+00:00Sensualidades<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/122Anton%20Langue.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/122Anton%20Langue.jpg" border="0" /></a> </div><strong>Sensual, és espera, fácil seres<br />Ânsia na luz que nem sequer se apaga<br />Nos negros trajes que o teu corpo traga<br />Bebendo o mel que brota em teus poderes<br /><br />Nos saltos altos cresces sem cresceres<br />Aos canos altos sobra o que te afaga<br />Meu nu olhar lambe a pele que esmaga<br />Minha inocência moura em véus prazeres<br /><br />Subo o olhar e estou subindo a roupa<br />Deixo-te nua à mão de minha boca<br />Rasgo-te... só nos vãos do meu desejo<br /><br />Sensual abres-te na roupa pouca<br />Que sobra à força que por ti latejo.<br />És sensual, não é falta de pejo…</strong><br /><div align="right">Foto: Anton Langue </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132181459751300402005-11-16T22:48:00.000+00:002005-11-16T23:39:50.143+00:00Suave sobre o mar<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/10692Clive%20Arrowsmith.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/10692Clive%20Arrowsmith.jpg" border="0" /></a> </div><br /><br /><strong>Suave sobre os mares já sem marés<br />Espuma sem ondas, onde distante<br />De negras bandeiras vens triunfante<br />Num rosto calmo que esconde quem és<br /><br />É negra a hora que marca o convés<br />Esquife das sombras que, num instante,<br />Lembram que apenas fui, … inquietante,<br />E nada mais há! Nem eu a teus pés…<br /><br />E já nem no reflexo deste mar<br />Me consigo ver p’la ultima vez<br />Amortalhado de negro… talvez<br /><br />Se ao menos me pudesse lembrar<br />De que fui já luz na espuma do mar<br />Ou raio de sol do sol que me fez…</strong><br /><div align="right"><br />Foto: Clive Arrowsmith </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132181289844351802005-11-16T22:43:00.000+00:002005-11-16T22:48:09.846+00:00Sem som<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/Frederick%20Potter.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/Frederick%20Potter.jpg" border="0" /></a> </div><br /><br /><strong>Estou nas cordas que te prendem,<br />Na nota solta, talvez aguda…<br />Soo ao dó maior<br />Da maior escala perdida,<br />Arpejos que me transcendem…<br />Ou sou só nota muda<br />De lá, dos lados da dor<br />Ausente da pauta da vida…</strong><br /><div align="right"><br />Foto: Frederick Potter </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132180598101191552005-11-16T22:33:00.000+00:002005-11-16T23:21:24.726+00:00Infinitos<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/0330jose.marafona.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/0330jose.marafona.jpg" border="0" /></a> </div><div align="left"><br /><br /><strong>Hoje peguei em todo o carinho<br />Que esta noite me trouxeste<br />Juntei-lhe os beijos que me deste<br />A saliva, a lua, as sombras do caminho<br />E mil odores de incenso que cheirei<br />E mil guitarras na voz dum fado<br />E todas as cores do pecado<br />Que num momento imaginei.<br />Adicionei o brilho do teu olhar,<br />Colei os teus lábios nos meus ,<br />Procurei meu infinito nos céus<br />Para que me pudesse ajudar.<br />E nesse infinito que não vi<br />Declamei poesia aos gritos<br />E lembrei-me então de ti<br />E vi todos meus infinitos...<br />Polvilhei-os com pétalas de rosas<br />Numa delicadeza extrema<br />De tua boca tirei prosas<br />E fiz-te este poema. </strong></div><div align="right"><br />Foto: Jose Marafona </div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-16648332.post-1132076906358013542005-11-15T17:46:00.000+00:002005-11-15T17:48:26.376+00:00Barca d'asas<div align="right"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/1600/34Zacarias%20Pereira%20Da%20Mata.0.jpg"><img style="CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2311/1586/400/34Zacarias%20Pereira%20Da%20Mata.jpg" border="0" /></a> </div><br /><strong>Em tudo o que me dás eu quero mais de ti<br />Em tudo o que tu és eu quero um tu maior<br />Um tu que no peito encerre todo o amor<br />E que o abra nas promessas que perdi<br /><br />Se um dia houve promessas que não cumpri<br />Não venha castigar-me agora toda a dor<br />Seja neblina breve e leve sem clamor<br />Esfumada em silêncios que já vivi<br /><br />Quero-te maior que os silêncios e que a voz<br />E maior que todas as promessas quebradas<br />Maior que a vida que venha a viver de nós<br /><br />Grande assim como o luar de noites geladas<br />Serás céu e mar e meu asilo dos sós<br />E eu uma barca d’asas sempre acompanhada.</strong><br /><div align="right">Foto:Zacarias Pereira Da Mata<br /></div>Dameuntangohttp://www.blogger.com/profile/00448129703052302129noreply@blogger.com6